Lidiane Biezok, de 45 anos, mulher que foi filmada na noite da última sexta-feira (2) ofendendo funcionários e clientes em um ataque homofóbico na padaria Dona Deôla, no bairro da Pompeia, em São Paulo, alegou que sofre de bipolaridade e é “inválida”.
“Eu tenho bipolaridade. Chega uma hora que eu não aguento. Foi uma crise de bipolaridade. E ainda estou tendo crise. Minha mão não para de tremer. Eu sou inválida. Quando tem provocação, acabo perdendo a cabeça. Mas pedi desculpas. Falei coisas que não queria, que não sinto isso”, declarou Lidiane em entrevista ao portal “Uol”, publicada nesta segunda-feira (23).
Imagens das onfesas proferidas por ela foram divulgadas nas redes sociais. Ela relatou ao site que a confusão na padaria começou porque clientes “a filmaram por provocação”. No dia, Lidiane foi detida pela Polícia Militar, mas liberada após a mãe dela apresentar exames médicos que comprovariam a condição de sofrimento mental.
Ao UOL, a coordenadora de marketing da Dona Deôla, Carolina Mirandez, disse que a mulher comumente causa problemas no estabelecimento.
“Sempre foi grosseira, mas nunca teve um problema tão grande. Ela estava exaltada, reclamando da comida e destratando funcionários. Ela disse que, se a comida não estivesse boa, ia arremessar. O supervisor tentou acalmar. O atendente nosso percebeu que ela estava se exaltando contra o supervisor, que é um senhor, e pediu para ela falar baixo. Ela virou e falou ‘sai, seu viado’ e uma série de palavrões. Então os clientes se levantaram e começaram a filmar”, afirmou.
Vídeo mostra ofensas
Eu tô muito indignado com isso mano, como uma pessoa dessa ainda continua no estabelecimento?? Humilhando os funcionários, agredindo pessoas, sendo racista e homofóbica pic.twitter.com/skbSxxntyL
— Renato Dartelli 𓂀 (@renatodartelli) November 22, 2020
“Eu não estou falando porra nenhuma. Isso aqui é uma padaria gay?”, gritou Lidiane, quando uma funcionária da padaria tentou acalmar a situação. Os dois jovens que aparecem nas imagens, identificados como Kelton e Boni, tentaram impedir que a mulher destratasse os funcionários.
“Ninguém faz nada. Ela já agrediu, desmoralizou, foi racista, transfóbica, homofóbica e ainda consegue entrar no estabelecimento. Ela não tá normal, ela não está respeitando ninguém aqui”, disse um dos rapazes a um policial militar que atuou na ocorrência. Apesar da agressividade de Lidiane, o agente apenas disse que não poderia impedir que ela entrasse no estabelecimento.
Fonte: Agencia Brasil