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Pedro Almodóvar discute fascismo em novo filme

Duas mulheres em fases diferentes da vida que engravidaram sem ter planejado é o mote de Mães Paralelas, novo filme do cineasta espanhol Pedro Almodóvar. O drama, estrelado por Penélope Cruz, chega hoje aos cinemas – e logo mais, no dia 18, estreia com exclusividade na Netflix, que assumiu a produção do longa.

Lançada no Festival de Veneza 2021, onde Penélope levou o prêmio de melhor atriz, a trama conta a história de  Janis (Cruz) e Ana (Milena Smit), que dividem um quarto de hospital. Solteiras, engravidaram por acidente. Janis é uma mulher de meia-idade e está muito contente com a gravidez. Já Ana, adolescente, está assustada e bastante traumatizada.

Boa parte do filme se passa nos corredores do hospital, onde Janis tenta encorajar Ana durante as conversas que precedem o parto. O encontro acaba por criar um vínculo entre as duas, apesar das evidentes diferenças entre  elas, e muda a vida das personagens.

A relação de Janis e Ana com a maternidade (tema recorrente na celebrada obra de Almodóvar) é a camada superficial para que o cineasta possa falar mais abertamente sobre o regime do ditador Francisco Franco, que regeu a Espanha com mão fascista até 1975.

 Por isso, tem sido considerado o trabalho mais político de Pedro – apesar de não ser ambientado nos anos de fanquismo, mas sim nos dias atuais. “Esse é um tema que ainda não está resolvido. Ainda temos gente enterrada em valas comuns e mais de 100 mil desaparecidos. Nós reagimos muito tarde a esses crimes, então hoje esse é um tema muito quente e atual na Espanha”, explica o diretor.

Veja o trailer:

Fonte: Agência Brasil

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