O Vitória tinha a chance de voltar ao G4 do Campeonato Baiano, e de só depender dele para se classificar às semifinais. Mas só empatou com o Unirb no Carneirão, em 1×1, e, a uma rodada do fim da primeira fase, precisará de uma combinação de resultados para avançar ao mata-mata do estadual. Situação que foi lamentada pelo técnico Dado Cavalcanti.
“Era o que não esperávamos para essa última rodada. Tivemos a chance de vencer o jogo hoje e não tivemos a competência necessária. Vamos ficar dependendo de outros resultados para classificar”, disse, após o empate.
Neste momento, o Vitória é o 5º colocado, com 10 pontos. Mas pode perder a posição para o Doce Mel, que entra em campo neste domingo (13), contra o Bahia de Feira, na Arena Cajueiro. Vale lembrar que o rubro-negro ficou de fora das semifinais nas últimas três edições do Baianão. A última vez que se classificou foi em 2018, quando chegou até a final – mas o título ficou com o maior rival, Bahia.
A primeira missão de Dado era, justamente, quebrar esse ciclo negativo. Mas o Leão vive um momento turbulento, e não vence há quatro jogos, sendo três pelo Baianão e um pela Copa do Brasil. Ao longo desse tempo, o time acumulou três empates e uma derrota. O técnico avaliou o desempenho do time, ao que chamou de ‘medíocre’.
“O que estamos fazendo, em termos de aproveitamento de resultado, é óbvio que é sempre questionável. Posso dizer que o Vitória está tendo resultados medíocres para a tábua de classificação. Esperávamos chegar nessa rodada já classificados, era a expectativa”, afirmou.
“Em cima de todas as dificuldades enfrentadas, numa montagem de uma equipe muito rápida, de 14 jogadores contratados, de entrar numa pré-temporada sem ter participado dessa montagem… O andamento dos jogos, a gente entender que há uma perspectiva, uma condição em que a gente vê uma formação em campo… O que nos falta é resultado. Mas vamos continuar buscando os resultados que tragam essa tranquilidade, para a gente fazer o trabalho que a gente espera do Vitória no ano”, completou.
Na última rodada do Campeonato Baiano, o rubro-negro recebe o Bahia de Feira, no Barradão, em jogo marcado para quarta-feira (16), às 19h15. Dado falou sobre o cenário que espera o Vitória, e garantiu: o primeiro passo é fazer o dever de casa.
“Isolar o que podemos fazer – e o que não podemos. Direcionar todas as forças para o que a gente pode fazer. Nós não entramos em campo em qualquer outro estádio que não seja o Barradão na quarta-feira. É concentrar as forças para fazer o nosso. A gente tem deixado a desejar. Não fizemos isso, a verdade é essa. Sendo muito franco, não fomos superiores aos nossos adversários em conquistar as vitórias que nos faltam. Então precisamos fazer, nessa última rodada, o que não fizemos até então”, comentou.
Confira outros trechos da entrevista de Dado Cavalcanti:
Mudanças na equipe titular
Vejo que as mudanças trouxeram mais intensidade, mais velocidade à nossa equipe. Trouxeram mais controle, também, do jogo. Com um homem a mais no meio, nós tivemos mais controle, sofremos menos quando o adversário estava com a bola. Pressionamos o adversário. Mas é lógico que, no fim de um jogo como esse, sempre vai pesar o resultado, é a condição que será lembrada. Acho que deveríamos ter vencido o jogo, pelo que produzimos. Mas lamento muito pelo resultado não ter vindo.
Por que o time não tem correspondido?
O resultado fala por si só. Não dá nem para ficar justificando, batendo sempre nas teclas das justificativas, das desculpas. O resultado é que incomoda todo mundo, a mim, ao torcedor. Hoje, nós tivemos muitas chances de vencer a partida e, infelizmente, não conseguimos.
Falta de vitórias
Visualizo mais que não tem a tranquilidade necessária para vencer as partidas. Nossa equipe até jogou bem hoje. Fizemos um jogo muito equilibrado. Mas tivemos alguns momentos de infelicidade, de intranquilidade, de decidir na última bola, no último lance. A escolha pesou demais antes de dar um passe, fazer a finalização, para definir o jogo. Não definimos. Isso é o que mais acontece. Neste momento, nós lamentamos o resultado.
Dificuldade em achar a formação ideal
Não visualizo esse sofrimento no primeiro tempo. Nós tomamos um gol, de uma bola que foi ao nosso gol. É o resultado. A forma de jogar foi encontrada. Todas as vezes em que a gente joga com um homem a mais no meio, somos superiores ao nosso adversário, nosso jogo flui. É óbvio que sempre vai ficar em evidência o resultado. E eu não vou contra-argumentar em cima do sentimento de um jogo como esse, por exemplo, em que a gente não venceu.
Preocupado com a Série C?
Não, porque temos boas perspectivas no futuro, em relação a ajustes. A dificuldade é no início, e sabíamos disso, com uma montagem de um time, totalmente novo. Uma sequência de jogos, a gente entende como a equipe se comporta, quais são as limitações técnicas, as necessidades, as perspectivas de reforços. Tudo isso entra no contexto de uma perspectiva de fazer uma competição diferente dessa, com novas opções e com os jogadores que vêm apresentado uma constância, um pouquinho mais de rendimento do que outros.
Qual a avaliação do atual elenco?
Não vou fazer uma avaliação pública do atual elenco – ainda, obviamente, sabendo que temos uma última rodada. Essa avaliação acontece internamente junto com a direção, que são as pessoas que precisam realmente do feedback em relação à minha avaliação técnica. Obvio que hoje, em termos de performance, resultado, temos um rendimento medíocre, em cima de todas as expectativas que foram criadas.
Fonte: Agência Brasil