Há 20 anos, o torcedor do Bahia comemorava: o Esquadrão era bicampeão consecutivo da Copa do Nordeste. O título foi conquistado sobre o arquirrival Vitória e em pleno Barradão, após um empate em 2×2 no jogo de volta. Na ida, na Fonte Nova, o tricolor havia ganhado por 3×1.
Aquele time de 2002 tinha vários destaques, lembrados até hoje. Entre eles, Sérgio Alves, que foi o artilheiro da competição com 13 gols. Mas o elenco continha nomes como Emerson, Daniel Alves – que ficou de fora da final por estar com a seleção brasileira sub-20 -, Preto Casagrande, Robgol, Nonato… Todos sob o comando de Bobô.
O time da final foi escalado no dia 12 de maio de 2002 com Emerson, Mantena, Marcelo Souza, Valdomiro e Chiquinho; Ramalho, Bebeto Campos e Preto; Robgol (Accioly), Nonato (Alan) e Sérgio Alves (Luís Carlos Capixaba).
Após duas décadas, você sabe por onde andam os jogadores titulares (e os reservas mais utilizados)? Confira:
Jogadores do Bahia comemoram o título do Nordestão (Foto: EC Bahia/Divulgação) |
Emerson
Goleiro que mais jogou pelo Bahia em toda a história (266 partidas), Emerson saiu do Esquadrão em 2005. Depois, defendeu o Vitória, entre 2006 e 2007, até se aposentar dos gramados. Segue morando em Salvador após o fim da carreira. Foi presidente do Ypiranga entre 2011 e 2017 e hoje é comentarista de futebol.
Emerson Ferretti em visita ao Museu do Bahia na Fonte Nova |
Mantena
‘O homem que colocou Daniel Alves no banco’, Mantena deixou o Esquadrão em 2002 e, depois, rodou por times como Inter de Limeira, Ponte Preta e Mogi Mirim, até se aposentar em 2009. Há 11 anos, o ex-lateral-direito abriu o bar do Mantenna, no bairro de Pituaçu.
Daniel Alves
A Copa do Nordeste 2002 marcou o primeiro título profissional de uma estrelada carreira do lateral. Ainda em 2002, ele foi emprestado para o Sevilla e, em 2008, chegou ao Barcelona, onde faturou várias taças – entre elas, três da Liga dos Campeões (2008/09, 2010/11 e 2014/15) e três do Mundial de Clubes (2009, 2011 e 2015). Saiu do time catalão em 2016, quando assinou com a Juventus e, em seguida, Paris Saint-Germain. Retornou ao Brasil em 2019, para jogar no São Paulo, mas voltou ao Barça em 2021. Aos 39 anos, ainda é nome frequente nas convocações da Seleção Brasileira.
Mantena já recebeu Daniel Alves em seu bar |
Marcelo Souza
Na época com 33 anos, Marcelo Souza foi contratado no início de 2002. Ficou no clube até o fim de 2003, transferindo-se em seguida para o Seoul, da Coreia do Sul. Após uma temporada no país asiático, encerrou a carreira e abriu uma loja de compra e venda de carros usados.
Valdomiro
Após ser tricampeão baiano (1998, 1999 e 2001) e bicampeão da Copa do Nordeste (2001 e 2002) pelo Bahia, clube que o revelou, Valdomiro teve passagens por clubes como Flamengo e Palmeiras, além do futebol dos Emirados Árabes, Portugal e Turquia. Encerrou a carreira aos 38 anos, em 2017, para investir na carreira de empresário de jogador.
Jean Elias
O zagueiro que chegou ao Bahia em 2000 e se destacou em 2001 não teve participação relevante na campanha do bi regional porque sofreu uma lesão no início de 2002 que o deixou quase três meses parado. Atualmente mora em Alegre, sua cidade natal no Espírito Santo, onde administra imóveis que adquiriu ao longo da carreira.
Accioly
A partida de ida da final teve um jovem Accioly entre os titulares. Aos 20 anos, o então zagueiro havia subido naquele ano para os profissionais e ganhava chance com o técnico Bobô. Ele ficou no Esquadrão até 2005 e, após passagens por Portuguesa, Vila Nova e ABC, acertou com o Santa Clara, de Portugal, em 2006. Ainda se transferiu para o Inter Baku, do Azerbaijão, e voltou para o time lusitano. Lá, se aposentou em 2019 e virou auxiliar técnico, onde está até hoje.
Accioly no jogo de despedida dos gramados, em 2019 (Foto: CD Santa Clara/Divulgação) |
Chiquinho
Revelado pelo Bahia, o lateral esquerdo Chiquinho deixou o Esquadrão ao fim de 2004 e rodou pelo futebol da Grécia, além de Avaí, ASA, Santa Cruz e Atlético-GO, onde foi campeão da Série C em 2008. Aposentou-se em 2017.
Ramalho
Após sair do Bahia, o ex-volante teve passagens por clubes como São Paulo, Sport, Juventude e Fortaleza. Em 2012, chegou a ser anunciado pelo Santa Cruz, aos 34 anos, mas deixou o Arruda no fim do mesmo ano sem entrar em campo. Hoje, é empresário de atletas e embaixador de uma marca de calçados.
Ramalho hoje é empresário (Foto: Reprodução/Instagram) |
Luís Carlos Capixaba
O meia saiu do Bahia em 2002, para o São Caetano, e rodou por times como Coritiba, Náutico e Vitória. Em 2009, foi campeão da Série C pelo América-MG e, no ano seguinte, se aposentou. Depois de largar as chuteiras, dá aulas de futebol em Vitória (ES) e atua como observador técnico.
Bebeto Campos
Campeão baiano e de duas Copas do Nordeste pelo Bahia – além de três estaduais e um regional pelo Vitória -, Bebetinho se aposentou cedo. Depois de brilhar pelo Esquadrão, jogou pelo Sport antes de encerrar a carreira no Paysandu, com apenas 29 anos. Na época, apresentou, durante exames, uma miocardiopatia e dilatação de um dos vasos do coração. Depois de deixar o Pará, retornou para a Bahia, onde mora hoje. Por aqui, mantém uma regularidade pegando alguns babas com outros ex-atletas.
Preto Casagrande
Preto teve idas e vindas pelo Bahia, além de clubes como Santos, Fluminense, Fortaleza e Vitória. Encerrou a carreira em 2009, aos 34 anos. Trabalhou como comentarista e, em 2017, iniciou a carreira como treinador, no Esquadrão, mas não seguiu adiante. É proprietário de posto de gasolina.
Preto Casagrande é proprietário de posto de gasolina |
Sérgio Alves
Um dos destaques da campanha campeã, o ex-atacante teve uma passagem breve pelo Bahia e, depois, rodou por times como Ponte Preta, CRB e Ceará, onde é ídolo. No Vovô, aliás, foi técnico do time de futebol feminino até 2021. Hoje, comanda uma escolinha de futebol em Fortaleza e tem uma marca de acessórios chamada Carrasco.
Nonato
Ídolo do Bahia, Nonato seguiu uma longa carreira, principalmente por clubes de Goiás, onde mora até hoje. Entre eles, Goiás, Atlético-GO, Aparecidense e Goianésia. Em 2020, aos 41 anos, chegou a ser anunciado pelo Jataiense-GO, após uma passagem pelo Vitória da Conquista, mas não entrou em campo. Embora não tenha anunciado a aposentadoria formalmente, está sem jogar desde então.
Robgol
Depois de fazer história com a camisa do Bahia, o ex-atacante também se tornou ídolo do Paysandu. Em 2007, se aposentou para se dedicar à carreira como deputado estadual no Pará. A carreira na política durou até 2010. Até hoje, segue morando em Belém.
Robgol mora em Belém, no Pará (Foto: Reprodução/Instagram) |
Outros jogadores da conquista: Éderson (goleiro), Jair (volante), Alan (meia) e Kena (atacante).
Fonte: Agência Brasil