O Ministério do Planejamento e Orçamento divulgou o detalhamento do bloqueio no orçamento do governo federal, afetando recursos de seis ministérios. A medida foi tomada para cumprir a regra do teto de gastos, após um aumento de R$ 24,2 bilhões na projeção das despesas este ano, de acordo com o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. O bloqueio totaliza cerca de R$ 1,7 bilhão.
As pastas mais impactadas foram Cidades e Transportes, que tiveram o maior volume de recursos suspensos. O Ministério das Cidades teve R$ 691,2 milhões bloqueados, enquanto o Ministério dos Transportes teve R$ 602,1 milhões bloqueados. Além disso, Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome teve R$ 118,2 milhões bloqueados, Integração e Desenvolvimento Regional teve R$ 96,1 milhões, Fazenda teve R$ 93,2 milhões e Planejamento teve R$ 88,4 milhões bloqueados.
É importante ressaltar que o bloqueio é temporário e poderá ser revertido nos próximos meses, à medida que mais receita entre nos cofres do governo. Vale destacar que as despesas bloqueadas são discricionárias, ou seja, não obrigatórias.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, anunciou anteriormente que os ministérios da Educação e da Saúde, além de pastas menores, seriam preservados do bloqueio. Isso se deve ao objetivo de evitar o risco de interrupção de políticas públicas essenciais nessas áreas.
O bloqueio no orçamento é uma medida necessária para garantir o equilíbrio das contas públicas e cumprir as regras fiscais estabelecidas. A reversão desses bloqueios dependerá da evolução da situação financeira do governo nos próximos meses.